terça-feira, abril 03, 2007

Estado Liberal

Ser Liberal é acreditar no Homem. É ter como princípio fundamental, a Liberdade do Homem. Esta é a ideia chave do Liberalismo. Tenho isto como certo. Acredito na soberania popular e na liberdade do Homem. Não gosto de ter um Estado que escolha por mim, muito menos, um Estado que constantemente escolhe mal. Não quero um Estado com poder excessivo, que se traduz numa presença incómoda. Não quero um Estado controlador, a quem tenha que prestar contas por cada passo que dou. Não quero um Estado que me trate como um mentecapto, incapaz de tomar decisões. Não quero um Estado burocrático. Não quero um Estado, que vive sob suspeita.
Quero – isso sim – Menos Estado, Melhor Estado! E porque acredito no Homem consciente, quero uma Economia que deixe cada um de nós tomar decisões, e com isso deixe o mercado funcionar. Quero um Estado que permita a concorrência, não um Estado que asfixie qualquer iniciativa. Quero um Estado, que veja a Propriedade como direito natural a salvo da interferência. Um direito à propriedade terá – sempre – que se visto, como um direito fundamental – Incondicionado e ilimitado.
John Stuart Mill, disse um dia: “The sole end for which mankind are warranted, individually or collectively, in interfering with the liberty of action of any of their number, is self-protection. That the only purpose for which power can be rightfully exercised over any member of a civilized community, against his will, is to prevent harm to others. His own good, either physical or moral, is not a sufficient warrant." Ou seja, o Estado apenas deve usar a força para questões de segurança, como por exemplo, a protecção do património. O Estado não deve proteger o indivíduo de si próprio, a nível físico ou moral. Não podia estar mais de acordo com o Autor citado.
Não quero um Estado que me peça para apertar o cinto, e depois gaste o que tem e o que não tem, na OTA. Não quero um Estado, que cria instituições como a ASAE que se limita a fiscalizar os Privados, deixando o sector Público de lado. Não quero um Estado que decide onde devo estudar - leia-se, que escolhe a escola.
Quero ser LIVRE de tomar decisões, quero ser tratado como capaz e não o contrário.

4 Comments:

Blogger José Filipe Soares said...

meu caro André,

concordo com todos os principios enunciados neste teu post... realmente só mesmo num país como o nosso, que ainda tem o estigma de um regime que se conota com fascista (mas que de fascista nada teve), é que ainda é possível termos, por exemplo, a Constituição que temos, impregnada de principios de uma esquerda antiquada, extinta, fossilizada, principios que apenas se encontram na ponta mais à esquerda da nossa Assembleia da Républica e que se encontram à beira da extinção!

04 abril, 2007 19:30  
Blogger André Barbosa said...

Bem-vindo Zé Soares,

Ja sentiamos a tua falta, aqui na Blogosfera. Dizes duas ideias chave, com as quais, concordo plenamente. 1º Nunca tivemos um regime fascista; 2º A nossa C.R.P é nitidamente de esquerda.

Forte abraço

04 abril, 2007 19:49  
Blogger David Martins said...

André,

meu caro e querido amigo,

é isso mesmo... essas são as questões que realmente interessam à Dirita em Portugal.

Acrescentaria apenas que é preciso fazer perceber as pessoas o papel do Estado com a actual CRP e o papel do mesmo com outra. Os impostos que pagam e a liberdade que têm com esta e com outra.

De resto, acho que estamos de acordo...
http://www.diariodeodivelas.com/jp_6.htm

PS: perfeita perfeita perfeitaaaaaaaaaa: era a JP Liberal! (Citando o m)

05 abril, 2007 00:13  
Blogger André Barbosa said...

O futuro passa pela mudança. A CRP tem que saber acompanhar os tempos, e acima de tudo, tem que ser permeavel a mutações.
Já nem defendo uma alteração de varios artigos, basta revogar alguns e tudo será diferente.

PS: Sou um leitor atento do diario de Odivelas. Continuem o excelente trabalho.

05 abril, 2007 14:35  

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