Homenagem ao Campino
"A cavalo, de pampilho ao ombro, grossos sapatos ferrados, gorro vermelho na cabeça, o Ribatejano, pastoreando os rebanhos de toiros nas campinas húmidas e vicejantes, é como um beduíno do Nilo ( ... ) ".
É o Campino. Homem do campo.
Esta é uma figura típica do Ribatejo, a pé ou montado a cavalo podemos encontra-los onde haja na Lezíria ribatejana toiros.
Consoante a função que desempenham, denominam-se do seguinte modo:
- Abegão: dirige o trabalho da sementeira e colheita, e governa todos os outros criados;
- Mancebo: logo abaixo deste e que o substitui nas suas faltas ou ausências;
- Maioral, Contramaioral e Roupeiro: a quem estão incumbidos a guarda e o tratamento dos gados;- Guardadores: são encarregados da guarda das terras e searas.
Quanto ao traje, há que distinguir claramente dois tipos:
- A roupa que é usada nos dias de trabalho (no dia-a-dia de um campino) é, regra geral, constiuída por jaqueta, colete, cinta preta e calça comprida até aos sapatos e por último o seu bastão (pampilho) que utiliza na condução do gado.
- O traje que é utilizado nos dias de festa, que é o que, de forma geral, o que público mais rápidamente identifica como sendo do Campino. Este traje de festa é composto por calção, colete encarnado, barrete verde com orla da mesma cor e orla encarnada, camisa branca de colarinho baixo, meias brancas de canhão bordado e sapatos pretos com saltos de prateleira onde entram as esporas presas a correias afiveladas e o já referido pampilho.
De um mero e simples trabalhador rural, foi transformado num arquétipo social, uma referência simbólica onde a Nação se reconhecia através da sua bravura e nobreza até aos dias de hoje.
Em tempo de Feira do Cavalo quero aqui deixar a minha homenagem a estes bravos homens.
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