segunda-feira, novembro 06, 2006

Voto público de protesto à liderança

A distrital democrata-cristã de Bragança aprovou, "por unanimidade", um voto de protesto público à liderança do partido e, em particular, ao secretário-geral Martim Borges de Freitas. A estrutura liderada por Domingos Doutel acusa a Direcção Nacional do CDS/PP de se ter intrometido em recentes eleições locais internas e denuncia factos que considera serem "insólitos, descabidos e absurdos"."A Secretaria-Geral impôs a data dos actos eleitorais, não divulgou as listas de candidatos e dos respectivos programas de acção como determina o Regulamento e fez-se representar nas 11 mesas de voto por dirigentes concelhios e distritais da Juventude Popular e por militantes de outros distritos", refere-se no voto de protesto que já foi enviado à Direcção Nacional do CDS/PP.A Distrital de Bragança considera que tal atitude "inédita nos anais do partido" representa falta de bom-senso e de consideração para com os militantes locais" do CDS/PP. "Só pode ter a leitura de que a Direcção Nacional não confia nos militantes do distrito de Bragança, vota-os ao desprezo, não se lembrando que, por exemplo, o distrito de Bragança representa 10% dos autarcas populares", lê-se ainda no documento a que o JN teve acesso."Assim, perante tais factos insólitos, descabidos e absurdos, a Comissão Política Distrital de Bragança apresenta veemente um voto de protesto à Direcção Nacional", conclui a estrutura presidida por Domingos Doutel.

Hermana Cruz, jornal de noticias. Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006