sexta-feira, abril 20, 2007

Mudam-se os tempos

O panorama político em Portugal está, sem qualquer dúvida, a mudar.
Em primeiro lugar, está a surgir um novo eleitorado, incomparavelmente mais bem informado - visto que os meios de informação são muitos mais -logo, com uma consciência e posição política mais firme e definida.
No caso da Direita, o novo eleitorado não tem complexos em se assumir claramente de Direita, caso seja o caso.
Assim, este eleitores tendem a afastar-se dos partidos "centrões", saturados de verem sucessivos governos de ambos os partidos (PSD e PS) a acabarem, no fundo, por servirem os mesmos interesses e fazerem as mesmas políticas.
Procuram alternativas no cenário político nacional. Sendo assim, à Direita, essa alternativa encontra-se no CDS.
Prova disso é o facto de uma disputa interna se ter transformado num debate em directo, na RTP. Os portugueses estão realmente preocupados e interessados no futuro do CDS.
Porque? Olhemos para o panorama político nacional:
Bloco de Esquerda - como já aconteçe nos países civilizados, é um partido de "one man show", com tendencia a reduzir a sua expressividade, após ter atingido aquele que penso ter sido o resultado mais alto possível.
PCP - um partido a ter em conta como oposição, mas que não passará desse lugar.
PS - encontra-se no Governo, logo tenderá a enfraquecer na saída do mesmo. Após José Sócrates, não se estando a ver alguém que o possa substituir.
PSD - o maior partido da oposição, que tem desiludido por não fazer realmente oposição. Enfraquecido de liderança, não tem ninguém que reúna o agrado dos militantes e, também, do eleitorado de forma a ser Governo.
CDS/PP - Encontra-se numa situação realmente difícil. Possívelmente, Paulo Portas voltará a ser o seu líder. Ou seja, poderemos ter um líder de oposição com garra, competência e coragem, que poderia cair no agrado dos portugueses de Direita.
Mas acima de tudo, o que poderá separar o CDS dos restantes partidos da oposição, será a equipa em volta de Paulo Portas. Pessoas como António Pires de Lima, Nuno Melo, entre outros.
Ou seja, o CDS encontra-se com quadros que se tornam conhecidos e respeitados pelos portugueses.
Assim, penso que o CDS se encontra diante de uma oportunidade única, que deve saber gerir da melhor forma possível.
Mas esta é apenas a opinião de um tolo...