sábado, outubro 28, 2006

A identidade dos Jornais. Sim ou Não?

Já que estamos numa época de referendos e sondagens, permitam-me lançar um debate de ideias, promovendo assim, uma saudável discussão.Por quase toda a Europa, os Jornais assumem uma posição – quer politica, quer religiosa, quer desportiva – a título de exemplo, basta viajar até Espanha e ler o “El País” – assumidamente de esquerda. O mesmo se passa em Itália, Alemanha, Inglaterra, etc…Em Portugal, os jornais não revelam as suas preferências, quem apoiam, para que mercado ou nicho de mercado estão direccionados. Aqui, a nossa cultura jornalística é a da desconfiança, isto é, desconfiamos que certo e determinado Jornal seja de Direita ou de Esquerda, que apoie um candidato em detrimento de outro. Relativamente ao “Público”, “Expresso”, “Sol”, “JN”, “DN” temos mesmo uma leve suposição, que por vezes não é fácil reconhecer. Nisso os jornais desportivos levam alguma vantagem, uma vez que a suspeita é mais fácil de identificar, senão vejamos, lemos o “Record” e desconfiamos que seja do Sporting, lemos “A Bola” e desconfiamos que é Benfiquista, lemos “O Jogo” e desconfiamos que torce pelo F.C.Porto. De uma vez por todas que se decida e que se assuma uma identidade – o leitor tem esse direito. O leitor tem o direito de saber o que compra e onde gasta o seu dinheiro. Uma das dúvidas levantadas é a perda da imparcialidade dos Jornais. Não me parece que isso esteja em causa, até porque ao assumir uma identidade, os Jornais vão ter uma narrativa mais objectiva. Sabendo o leitor o que está a comprar, poderá comparar, por exemplo, um jornal de Direita com outro de Esquerda, podendo assim ter uma opinião/ visão mais alargada e mais concludente. A ideia está lançada, agora póneis, aguardo os vossos comentários – tenham ou não uma opinião favorável, não se inibam e comentem.

1 Comments:

Blogger JoseSouzaBrandao said...

Caro andré:
concordo plenamente que a nossa imprensa não assume ás claras a sua inclinação política.
Mas na realidade, o principal problema reside no facto de encontrarmos um dominio da esquerda nesta área.
É necessário uma imprensa não necessariamente à direita, mas moderna, provocadora, corajosa, que se apresente com clareza e arrojo.
Ou seja, à boa maneira do antigo Independente... :D

30 outubro, 2006 01:17  

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