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Pequeno e menino, o pónei surgiu num passado não muito distante numa região na qual pouca comida e poder era disponível, permitindo somente a sobrevivência dos animais mais rústicos, impossibilitando-os de se tornarem cavalos dignos de registo.
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Acabei de ver a adaptação para o cinema da tragédia de Júlio César de Shakespear. Realizado brilhantemente por Joseph L. Mankiewicz, que cria uma sensação de espaço á volta dos actores (através dos movimentos da câmara), sem retirar a componente dramática da peça.
Mas o que a peça tem de mais brilhante são sem duvida os actores: Debora Kerr é esplendorosa no papel de Calpurnia, James Manson é brilhante como Brutus demonstrando com excelência a divisão da consciência e de principios do honrado senador: a quem deve ele mais lealdade? Á republica e à sua classe, ou a César seu grande amigo?
Mas sem duvida a melhor intrepretação é de Marlon Brando como Marco António, o mais leal aliado de César. A reacção deste à morte de César, que passa duma profunda tristeza (“O, pardon me, thou bleeding piece of earth, that I am meek and gentle with these butchers!”), a uma fúria sanguinária (“Cry Havoc! and let slip the dogs of war.”) é brilhante. Brando excede-se a si próprio no famoso discurso de Marco António á multidão romana, que se encontra inicialmente favorável a Brutus e aos conspiradores. Começa calmamente (“Friend, Romans and countrymen, lend me your ear”), e vai fazendo alusões subtis á traição de Brutus e dos conspiradores (“When that the poor have cried, Caesar hath wept: Ambition should be made of sterner stuff: Yet Brutus says he was ambitious;And Brutus is an honorable man (…) So are they all, all honourable men”). É também Marco António que reconhece no final do filme que Brutus ao contrario dos outros conspiradores era um homem honrado (“His life was gentle; and the elements So mix'd in him that Nature might stand up And say to all the world, This was a man!”).
Recomendo vivamente este filme e deixo-vos com dois excertos dele.