quinta-feira, novembro 30, 2006

Já falta pouco...

1 de Dezembro...

Vem aí uma óptima surpresa...

terça-feira, novembro 28, 2006

Puro desabafo...

É importante e não menos interessante fazer um exercício de comparação entre a mentalidade Norte-Americana e a Portuguesa, quando se trata de Estado. Pois bem, nos E.U.A quem vive à custa do Estado, ou seja, quem recebe um subsídio para viver é classificado como “looser” – leia-se falhado. Ora, curiosamente em Portugal, o mesmo subsídio-dependente é chamado de Xico-esperto. Este último – generalizando conscientemente – é o “espertalhão” que consegue enganar tudo e todos, e orgulhosamente diz “quero lá saber, o Estado que pague”. Felizmente para o “Artista” e infelizmente para todos nós – Portugueses – o Estado carece de competência e tem conceitos de igualdade e justiça, um pouco confusos. Não deixa de ser curioso que a grande parte dos subsídio-dependentes, fazem trabalhos “por fora” e não paga impostos. Mais – e volto a generalizar conscientemente – grande parte tem TvCabo por satélite nas suas habitações sociais e carro à porta de casa. Podem dizer, mas não terão estas pessoas direito a estes bens? Obviamente que sim! Agora não com os meus impostos. O Estado não tem nada que proporcionar – a quem não quer trabalhar – tais bens. Principalmente quando se trata de dinheiro que deveria ter outras funções (mas isso é outro tema, que abordarei no futuro). Como complemento – e prova da veracidade – do que acabo de escrever, recomendo vivamente uma visita aos bairros mais problemáticos do País (sim, os mesmo que possuem as maiores percentagens de rendimento mínimo por metro quadrado). Muito bem senhores Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues! Realmente é muito justo! Enfim, mais uma factura que TODOS vamos pagar.
Concluindo, não será a altura de dar um passo em frente na mudança de mentalidade dos Portugueses?

Comunicado à Imprensa

Tendo em conta a polémica levantada acerca da questão da recolha de lixos na cidade do Porto, noticiada ontem, a Comissão Política Concelhia do Porto vem por este meio manifestar uma posição, no sentido do que temos vindo a assumir publicamente.
A Câmara Municipal do Porto tem o dever de garantir a protecção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes. Tendo em consideração este pressuposto base, é nossa opinião que:
· Se a recolha de lixos for feita de forma melhor e mais eficiente por uma empresa privada, não há qualquer entrave à privatização desse serviço.
· A privatização da recolha de lixos reduzirá, sem prejuízo da qualidade do serviço, os custos da Câmara Municipal do Porto, em virtude desta de se desonerar do pagamento de horas extraordinárias e da redução da massa salarial que tem como despesa corrente.
Tudo isto acontece ao mesmo tempo que os funcionários da Câmara conservam o estatuto de funcionários públicos com as garantias inerentes a ele inerentes.
A autarquia tem, por seu lado, de resolver o assunto de forma célere, já que o âmbito das atribuições da Câmara extravasa em muito este tipo de questões burocráticas, com prejuízo de outras não menos fundamentais para cidade: a preocupação de atrair investimento novo, novos habitantes, de proceder a um sistema de licenciamento rigoroso, mas eficiente, etc.
Por todos estes motivos, é ponto assente que a recolha de lixos ficaria bem entregue nas mãos dos privados. Defendemos ainda que, em caso de privatização, este novo mercado se torne um mercado de facto, concorrencial e aberto a todas as empresas interessadas, sempre na medida em que salvaguardem o interesse público e conservem a eficiência do serviço; nessa altura o serviço será não apenas mais barato para todos, como aumentará de qualidade. Fazer a apologia contrária revela uma visão distorcida do mercado e do serviço público tal como ele se deve configurar, conservando o aparelho camarário imerso num denso sistema de gestão que compromete a finalidade da sua existência e limitando a sua margem de manobra, que acaba por se repercutir noutros aspectos da vida do concelho que afectam todos.

Pela Comissão Política Concelhia da juventude Popular do Porto

O Presidente
(Miguel Costa Dias)

Por falar em cola...

O ex-deputado do CDS-PP António Pires de Lima acusou este sábado a direcção de Ribeiro e Castro de adoptar uma atitude de «subserviência» face ao Presidente da República, Cavaco Silva.
«Não faz sentido que um partido que se quer uma composição alternativa ao PS sinta esta necessidade quase infantil de se colar às posições do Presidente da República quando o PR sai em apoio sistemático do Governo», afirmou Pires de Lima.
«Mas enfim, alguém está a pensar melhor do que eu quando entende que o CDS deve manter essas posições de alguma subserviência em relação ao Presidente da República», ironizou Pires de Lima, acrescentando que já transmitiu a sua posição à direcção do seu partido.
«Depois do referendo teremos tempo para discutir divergências» e «cenários mais animadores para o CDS», disse.

Ver aqui!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Comité do Pónei...

Hoje o Público divulga que Luísa Mesquita (deputada do PCP), foi convidada a sair do cargo. O grupo parlamentar retirou-a das comissões de Educação, Ciência e Cultura e Negócios Estrangeiros, como sanção pelo facto de ter recusado renunciar ao mandato para “renovação” da bancada.
Mas Jerónimo de Sousa e o seu “velhinho” PCP, não ficaram por aqui. Para além de Luísa Mesquita, Odete Santos e Abílio Fernandes também foram convidados a sair do cargo. Isto até podia ser uma notícia banal e sem grande interesse, mas não é bem assim. Ora vejamos! Com a saída de Luísa Mesquita e Odete Santos, a bancada parlamentar do PCP, fica reduzida a uma Mulher. Então, e as quotas?
Agora já não defendem X lugares para as Mulheres? Ao fim de alguns anos, provavelmente descobriram que as quotas não fazem grande sentido, chegando a uma única conclusão: Os lugares devem ser atribuídos segundo as regras da Meritocracia.
Não posso deixar de referir, que estes convites a abandonar os cargos – que sob a capa de convite amigável, escondem uma vontade imposta – são o mesmo “modus operandis” de Estaline.
Cuida-te Jerónimo, qualquer dia – e sem dares por ela – és tu! Cuidado com o Pónei Bernardino Coreia do Norte Soares.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Quem disse isto??

"O Sr. Dr., não pode falar da questão do Aborto, pois não tem filhos nem nunca irá ter!"
Quem disse isto?
De quem foi este comentário radical e extremista, tão contra os ideais de igualdade e respeito pela liberdade individual dos indivíduos?
Qualquer simpatizante dos ideais de esquerda dirá, certamente, que é mais uma manifestação "fachista" dos defensores da Direita e do "não" ao aborto.
Pois bem. Admirem-se:
Quem proferiu esta frase foi, nem mais nem menos que O DR. FRANCISCO LOUÇÃ!!!!!!!!!!!!!!!!
Esse marco da liberdade de expressão respondeu assim ao Dr. Paulo Portas no decorrer de um debate durante a campanha para as legislativas de 2005.
Agora, pergunto-me:
Que país é este em que a imprensa deixa passar um comentário destes feito pelo líder de um partido como o Bloco de Esquerda impune?
Que país é este em que esta frase foi dita pelo lider de um partido que defende ideais como os do Bloco de Esquerda e os militantes não exigem a imediata demissão do líder, ou pelo menos um pedido de desculpa aos portugueses?
Gostava de saber o que seria se essa frase tivesse sido dita por alguem de Direita, não necessariamente do CDS, se seria tratada com tanta indiferença...
Por isso, póneis, convem nao nos esquecermos disso durante a nossa batalha pelo não.

terça-feira, novembro 21, 2006

JP na Golegã

Peço desde já desculpa por não comparecer com tanta frequência neste “muy nobre estabulo” mas por vezes a vontade só não chega o tempo também é preciso.
Quero aqui relatar um dos mais giros eventos da Juventude Popular em que participei, evento este que decorreu na Feira Nacional do Cavalo na Golegã.
A Comissão Politica Concelhia de Santarém teve a ideia de se ter um stand da JP na Feira e como diz o poeta “ Deus quer, O Homem sonha, A Obra nasce” e assim foi.
O stand situado no Largo do Arneiro, mesmo junto ao picadeiro deu-nos uma visão privilegiada para toda a festa que decorria e por outro lado estávamos no seu centro.
Com grande alegria minha vi nobres póneis a transportar futuros, assim espero, militantes da nossa organização política de juventude, mas também vi “outros póneis” que nem para puxar carroças servem. Tivemos visitas institucionais como o Dr. Ribeiro e Castro, Dr. Telmo Correia, Dr. Nuno Magalhães e outros dirigentes nacionais, distritais e concelhios do CDS e da JP, mas quero deixar aqui uma palavra de agradecimento ao Nuno Van Uden – Secretário-Geral da JP que para além de ter tornado possível esta iniciativa também nós honrou com a sua presença.
A missão foi cumprida a todos os níveis, conseguimos cativar mais meia centena de jovens para JP, o convivo aconteceu naturalmente entre todos e a entreajuda foi, como é apanágio desta nossa família, uma constante.

PARA O ANO HÁ MAIS!!!!!!!


Aqui ficam os meus agradecimentos e sem querer ferir susceptibilidades, em especial a: Luís Miguel Costa, Pedro Marques da Costa, Maria Inês, Margarida Matos Martins e a todos os outros que deram uma mãozinha nas horas de aperto.

É verdade já me esquecia - Obrigado João Polido pelos “faduchos”!!!!.

domingo, novembro 19, 2006

Estará a JP em mutação?

Há uns dias em conversa com um amigo, chegamos a uma conclusão: A JP está diferente! Isto porque, está menos Estadista e por sinal mais liberal. Este conceito (liberal) é facilmente confundido e mal interpretado, sendo mesmo, associado à esquerda. O que a meu ver, é errado. O liberal que vota sim ao aborto, o liberal que diz sim ao consumo e venda de droga, o liberal que faz “graffitis”, não é o liberal da JP. Este último, é alguém com sentido de responsabilidade, que não tem medo do investimento privado, é auto-determinado, soberano e independente, e sobretudo não reconhece ao Estado o carácter paternalista e regulador.
Fazendo uma introspecção à JP – ainda que todos partilhem os mesmos valores – existe de facto, uns mais conservadores e outros mais liberais. Parece-me que neste ponto, não há discussão. Agora, quando perguntam: Será bom ou mau? Facilmente respondo: É óptimo. É a prova que os militantes da JP pensam por si e “não seguem ao risco”, cadernos ideológicos com mais de 20 anos (a JCP e a JSD, são disso bons exemplos).
Assim, assumo-me como um “conservador-liberal” – se é que o conceito existe – e passo a explicar com alguns exemplos: Conservador nos meus valores, como família, patriotismo e religião. Realmente quando se fala em casamento de homossexuais, assim como, em adopção por parte de homossexuais, ou o tão debatido aborto – que continuo a perguntar: porque vai a vida a votos? - Reconheço que sou avesso à mudança. Logo, sou um conservador.
Quanto ao meu liberalismo, ele é mais visível no que toca à economia e ao peso do Estado. Defendo um intervencionismo reduzido, por parte do Estado. São 3 as áreas em que deve intervir: Defesa, Justiça e Saúde (se bem, que tenho algumas duvidas quanto a esta área). Bem, e porque o “post” já vai longo e não pretendo ser exaustivo, lanço o tema para debate: Conservador e/ou Liberal?

É preciso reflectir!!!


Caros póneis,
Ontem durante o jantar de anos de uma amiga travei uma pequena conversa com uns póneis aqui nossos conhecidos... O tema da conversa foi o holocausto e esses outros póneis disseram barbaridades como estas... " o holocausto foi uma farsa", "não se matou 6 milhões de judeus...que exagero!" ... desculpem-me lá mas estavam bem ao nível do atrasado mental do presidente do Irão... Penso que é uma tremenda falta de respeito e uma prova de idiotice das pessoas dizerem estas coisas... Por favor não se tornem nesse tipo de póneis! Deixo uns sites que contém umas imagens para uma curta reflexão..
Aqui e Aqui
Ps: os conteudos dos sites são "soft" que é para não ferir a sensibilidade dos póneis que julgam isto como um "exagero".

sábado, novembro 18, 2006

Betos da foz

Este texto serve para exprimir a minha opinião sobre um género de póneis que me estão muito próximos. Um género de póneis que invadiu os belos prados onde viviam mui nobres montadas, misturando-se com as mesmas, devorando as pastagens sem qualquer respeito, contribuindo para o seu mau-nome.
Estou a falar dos "betos da foz"
O beto da foz pertence, na sua generalidade, à raça cada vez maior do novo-rico. Logicamente, vive obcecado pelos sinais exteriores de riqueza, tais como as marcas e os estilos.
Assim, o beto da foz adopta um estilo rebelde, centralizado no mau aspecto, mas sempre de uma forma políticamente correcta, tanto a utilizar as marcas certas, bem como a não se deixar cair no exagero de rebeldia.
Visto gostar de se movimentar em manada, gosta de se marcar como qualquer gado, com tatuagens, brincos ou piercings. O ideal será o piercing na sobrancelha e a tatuagem com o símbolo chinês. Recordo que ambos devem ser feitos com o cuidado de não ferir as susceptibilades do resto da manada.
Assumem um tom de voz que mistura o falar à porto de gunas (tribo para outro post) com um arrastar da voz que lembra alguém acabado de acordar.
Em termos de características psicológicas, é um ser curioso;
Em primeiro lugar, tenta transmitir uma atitude radical, alternativa e rebelde, apesar de ser exactamente igual à de qualquer outro beto da foz, criando assim um contrasenso interessante.
Diz-se contra a separação das classes sociais, mas acaba por ser extremamente elitista, visto que se fecha na sua própria classe.
Diz-se a favor da liberalização das drogas leves e da despenalização do aborto, apenas porque está na moda, visto nao saber fundamentar a sua posição.
São extremamente malcriados, de maneira a manterem a sua imagem de "fixe", podendo ser também devido ao marasmo de insegurança e complexos que os persegue.
Em férias, a manada move-se em bloco para os mesmos sítios, nas mesmas alturas, apesar de repetirem constantemente que estão "fartos de ver sempre o mesmo pessoal".
Justificam as suas atitudes através de algo que ainda nao consegui entender o que seria (mas eles também não) que chamam de "espírito". Assim, todas as suas ideias, por mais descabidas que sejam, têm razão de ser.
Por fim, e o que mais me incomoda, mostram-se completamente indiferentes a tudo o que se afaste do seu meio, o que os obrigue a ler um jornal ou a assistir a um debate. Logo, limitam-se a lançar uma ou duas frases feitas que caiam sempre bem, isto quando não mostram o seu total desagrado por qualquer conversa ou ideia com mais corpo, regressando imediatamente ao leque de conversas que os deixe seguros.
Em conclusão, o que é mais curioso é o facto de estes chamarem a qualquer um que não tenha o carro certo, que não se vista com a roupa certa, não frequente os sitios certos, que se interesse por qualquer coisa fora das suas escolhas de "tono".
Agora, ao vermos a realidade, quem serão mesmo os "tonos"?
Acabo dizendo que não é minha tenção atacar directamente ninguém, mas apenas definir uma "tribo" que existe e que deve ser falada, tal como muitas outras. Podem dizer: "mas tu és um beto da foz!" Não. Menino da foz, tribo de que falarei noutro post...

A Cultura à Direita 0.2

A C.P.C. do Porto tem o prazer de vos convidar a participar num evento exclusivamente organizado para fomentar a Cultura – A CULTURA À DIREITA 0.2.
Com esse intuito, abrangendo as suas diversas áreas, dedicaremos inteiramente um fim-de-semana à Cultura (24, 25 e 26 de Novembro). O local do evento será na sede do CDS/PP Porto – Rua Ricardo Severo nº 174 – onde serão expostos trabalhos de novos valores (jovens) neste panorama.Serão abrangidas áreas como:

Artes Plásticas (pintura / escultura)
Arquitectura
Fotografia
Moda
Música
Design de Equipamento
Design de Mobiliário
Cinema / Vídeo
Graffitis
Poesia
Joalharia
Gastronomia

Programa: Aqui

Em alta...


Esta semana Nuno Melo esteve em grande. O grupo parlamentar que Nuno Melo lidera, foi o único que consegiu introduzir algumas alterações à polémica lei das finanças locais, entre elas a criação de um fundo de emergência municipal, para acorrer a situações que não são calamidade pública, mas quase.
Assim, o grupo parlamentar do CDS demonstra que sabe fazer oposição construtiva e que motivação nunca faltou.
Em suma, a "banda" continua a tocar...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Não sou só eu que digo isto...

A cada um, o que é seu
(Ou a teoria, na prática, é diferente)
Uma universitária cursava o sexto semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, pensava que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.
Tinha vergonha do seu pai. Ele era de direita e contra os projectos que “davam benefícios aos que não mereciam e impostos mais altos para os que conseguiam ganhar mais dinheiro”.
A maioria dos seus professores tinha afirmado que as ideias dele eram equivocadas.
Por tudo isso, um dia, decidiu enfrentar o pai.
Falou com ele sobre o materialismo histórico e a dialéctica de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tão injusto como o da direita.
No meio da conversa seu pai perguntou:-Como vão as aulas?
-Vão bem, respondeu ela. A maioria das minhas notas é 9, mas me custa muito trabalho consegui-las. Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu: -E a tua amiga Sónia, como vai?
Ela respondeu com muita segurança:-Muito mal. A sua média é 3, principalmente porque passa os dias em shoppings e em festas. Estuda pouco e algumas vezes nem vai às aulas. Com certeza repetirá o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:-Que tal se você sugerisse aos professores que transferissem 3 pontos das suas notas para as da Sónia?
Com isso vocês duas teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas seria uma boa distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:Por que? Eu trabalhei muito para conseguir as notas que tive! Não acho justo que todo o meu trabalho seja, simplesmente, dado a outra pessoa!
Seu pai, então, a abraçou carinhosamente, dizendo:
BEM-VINDA À DIREITA!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Pónei Pseudo-intelectual...

Eduardo Prado Coelho, nas suas crónicas diárias – O fio do horizonte – tem insultado Rui Rio e por consequência a própria C.M.P. O presidente da Câmara Municipal do Porto, já foi comparado a Estaline, apelidado de inculto, burro e rancoroso, e sabe-se lá mais o que. Ontem, escreveu: “esta gente não gosta de cultura e tem ódio a quem gosta. Nunca os vi num concerto, numa exposição, num espectáculo de dança ou de teatro”.
O Dr. Eduardo Prado Coelho, de facto, não está bem. Provavelmente ainda procura o seu lugar na esquerda ou quiçá, anda preocupado com a acusação de plágio.
Ainda por cima, além de imaginar complôs por dá cá aquela palha, procura ser o porta-voz dos Portuenses. Não me lembro de lhe ter sido entregue uma procuração, mas este senhor com uma cultura excepcional, provavelmente não necessitará.
O problema deste “intelectual de café” é o mesmo de todos os comunistas, ou seja, querem à força que o Estado pague a cultura – seja boa ou seja má – e não satisfeitos, ainda promovem uma cultura de subsídio-dependência. Mas também, de quem escreve crónicas a fazer analogias entre José Mourinho e a Irmã Lúcia, outra coisa não seria de esperar.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Os Poneis de todos os Poneis atacam de novo

Não tarda nada, pedem a reposição do Palácio de Cristal original ou, talvez, reconstruir a antiga Câmara Municipal...
É triste, mas na verdade há quem esteja na política a gozar com o eleitorado. E são muitos mais do que deviam ser.

Não se pode deixar de gostar deste tipo...

"O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes atribuiu hoje a sua demissão, há dois anos, a "uma conjugação objectiva de interesses de diferentes origens partidárias" e considerou que Cavaco Silva "foi um protagonista importante" neste período político."
Jornal de Notícias - Ultima Hora. Vejam no link a noticia completa.

É oficial...

A equipa deste Blog tem o orgulho de apresentar o tema oficial do meu pequeno pónei. Para ouvirem cliquem aqui.

O meu pequeno pónei Internacional


Se o nosso mundo acabasse e se salvassem somente as musicas do meu pequeno pónei ficaria o melhor e mais genial que este mundo produziu. Ficariam, os futuros habitantes do mundo, caso os haja, com uma ideia errada da nossa realidade, onde o registo do sublime é demasiado pontual. Não estão a perceber ? Muito bem, cliquem aqui.

Quando o meu pequeno pónei completar 1 ano de vida, a equipa deste pasquim irá reunir esforços para trazer a banda mais meiga de Sanca City ao nosso Portugal.

domingo, novembro 12, 2006

Pérolas de Saramago…

" Eu acho que nós estamos cansados. Como Portugueses, estamos cansados de viver. Se calhar, a nossa missão histórica acabou".

"Transformações como as nacionalizações".

"No liceu, consegui ficar sempre para último, na fila, e nunca usei farda. Foi a minha primeira vitória contra o fascismo".

"O 25 de Abril foi um fogacho em que nós ingenuamente acreditamos"

José Saramago, dá ainda a entender que gostaria de ver Portugal e Espanha como um só País.

Excertos retirados do Jornal Público - 12/11/2006

sexta-feira, novembro 10, 2006

País a meio gás

Entre hoje e amanhã quem tiver que tratar de assuntos com os serviços públicos, pode ter que alterar os planos, isto porque a greve da função pública (que de público tem pouco) põe o país a trabalhar a meio gás.
Queixam-se estes senhores, da mobilidade de funcionários, da extinção de serviços, da contenção salarial e sabe-se lá mais o que. Pois é senhores funcionários públicos, o tempo das vacas gordas já lá vai. Querem ter melhores condições e serem melhor remunerados, então produzam mais e trabalhem mais.
Uma das coisas que mais me intriga, é que as greves impreterivelmente são sempre próximas do fim-de-semana. Coincidência? Não me parece. É esta a democracia que herdamos do 25 de Abril – em que se faz greve com o objectivo de gozar um fim-de-semana prolongado – a máquina do estado a cada ano que passa, está mais “gorda” (800 000 funcionários públicos). Portugal é o país da Europa com mais greves por ano – isto fruto dos sindicatos e extremistas de esquerda de bolso – o que é bastante significativo dos resquícios do 25 de Abril.
Estes senhores (que nos atendem com a pior cara do mundo, como se tivéssemos culpa das suas (deles) frustrações e que nem ao bom-dia se dignificam a responder) esquecem-se que são pagos a peso de ouro (relativamente às horas extraordinárias), que tem um emprego vitalício (o que hoje é difícil), têm ADSE (sistema se saúde dos funcionários do Estado), um horário óptimo, têm direito à reforma mais cedo que um “funcionário privado” e as suas reformas serão consoante o ultimo vencimento, etc.… (a lista facilmente se alongaria)
Mas não satisfeitos com todas estas regalias, estes senhores decidem parar o país. Hospitais quase parados, crianças sem aulas (então os professores e a FENPROF que tanto zelam pelos alunos, agora não se importam de os prejudicar), tribunais a meio gás, repartições de finanças em igual estado, transportes púbicos quase parados, etc. (como compreendem a lista também facilmente se alongaria).
Pois bem, a solução passa por privatizar, privatizar, privatizar. Só assim teremos, uma função (privada) de qualidade. Acabe-se com os fantasmas do 25 de Abril (e já agora com esta constituição socialista). Acabe-se com o Estado protector e paternalista. Baixem os impostos e incentivem o investimento privado.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Clínica dos Arcos ameaça...

... processar eleitores que votem Não, por defraudação de expectativas legítimas e comprometimento de direitos adquiridos.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Populismos

Peço desculpa mas sou um populista

Na sociedade em que vivemos, após 40 anos de ditadura e 32 anos de regime socialista de extrema-esquerda tenho obrigatoriamente de ser um populista.
Num país onde a iniciativa privada, o empreendorismo e o progresso são castrados por uma constituição que logo nos primeiros artigos faz alusão a 1 MFA já extinto à uns bons anos e na qual existem leis para travar tudo e todos, desculpem-me, tenho de ser um populista.
Num país onde a liberdade de escolha de um cidadão está extremamente reduzida e restringida em termos de educação, segurança social, saúde, etc… devido à instituição Estado e a uns 4 partidos políticos, mais uns militantes e dirigentes de um outro partido, que já nem sequer conseguem viver sem Ele (Estado), desculpem-me, tenho de ser um populista.
Num país onde existem 1001 impostos sobre e para tudo, que apenas servem para bloquear o progresso e qualquer iniciativa privada de qualidade, alimentar os elefantes brancos do Estado e fomentar as pessoas a não trabalharem e a não ambicionarem, desculpem-me, tenho de ser um populista. Num país onde benefícios fiscais são coisa só para inglês, alemão e sueco e vemos as nossas empresas e os nossos empresários a lutarem como heróis, desculpem-me, mas tenho de ser um populista.
Num país onde temos ministros a dizerem e a defenderem atrocidades como a fusão ibérica, que os bancos sabem como não pagar os impostos (fogem deles pois como é obvio eles são estupidamente altos), etc e a única oposição a isto que estive a escrever vem da ilha da Madeira, desculpem-me, mas tenho de ser um populista.
Numa sociedade onde a cultura é manietada, divulgada e dirigida só para alguns pseudo-intelecto-barbade10meses-comuno-variente POUS, MRPP ou qualquer outra organização terrorista parecida, desculpem-me, mas tenho de ser um populista.
Finalmente numa sociedade onde toda a informação é manipulada e a opinião pública dirigida para certos cânones inquestionáveis desculpem-me mas sou um GRANDE POPULISTA



populista


do Lat. populu, povo
adj. 2 gén.,
relativo ao populismo;
que é amigo e defensor do povo;
diz-se do tipo de romance cuja temática central é o povo e a sua vida;
s. 2 gén.,
pessoa amiga do povo;
adepto do populismo.

Site da JP

Já se encontra online, o reformulado site da Juventude Popular.

www.juventudepopular.org

terça-feira, novembro 07, 2006

Ainda o aborto...

Não pretendo dar uma aula de direito penal, apenas responder ao último ponto, até porque, como poderão constatar, é uma questão delicada.
Dispõe o artigo 5º nº1 d) do C.P, que salvo tratado ou convenção internacional em contrário, a lei penal Portuguesa é ainda aplicável a factos cometidos fora do território nacional: contra Portugueses, por Portugueses que viverem habitualmente em Portugal ao tempo da sua prática e aqui forem encontrados.
A especificidade deste preceito está na circunstância de o facto em causa não ser considerado crime pela lei do Estado onde foi praticado. Pois se o fosse, tal norma não tinha razão de ser. A justificação e finalidade deste princípio é a de evitar a "fraude" à lei, isto é, dissuadir que um cidadão Português se desloque a território de 1 Estado estrangeiro para aí praticar, contra um outro Português, um facto que, sendo crime segundo a lei penal Portuguesa, não o é pela lei desse Estado estrangeiro. A título de exemplo, se uma mulher Portuguesa que se dirija a uma clínica Espanhola para aí realizar o aborto, a lei penal Portuguesa será aplicada (140;nº3 e 142;nº1 C.P) Assim, o legislador quis evitar a impunidade do Português que, para fugir à eficácia ou aplicabilidade da lei penal nacional, se desloca, propositadamente, ao estrangeiro para aí, impunemente, praticar o facto. Agora, o preceito é delicado, isto porque, exige bom senso e profundo conhecimento das provas por parte do Juiz. A grande problemática passa pela intencionalidade do agente, ou seja, se por um lado houve intenção de "fraude" à lei, será púnivel pela lei penal. Se por outro lado, o agente até estava de férias num país estrangeiro, e não propositadamente decide praticar um facto que é punível pela lei Portuguesa - mas não pela lei nacional do Estado que está - este principio não será aplicado. A meu ver, não faz sentido não ser aplicado - relativamente ao aborto - mesmo não havendo intenção. Ninguém faz um aborto de animo leve, muito menos está de ferias e se lembra de o praticar. De qualquer forma, a lei penal Portuguesa prevê como crime quem vá a Espanha abortar.

Consultar: http://avontadedofregues.blogsome.com/.

segunda-feira, novembro 06, 2006

OE 2007: votamos contra

A comissão política do CDS-PP aprovou ontem por unanimidade o voto contra o Orçamento de Estado para 2007, proposto pelo líder José Ribeiro e Castro à entrada da reunião. "A comissão política nacional, o órgão próprio do partido para decidir, reuniu e decidiu por unanimidade aprovar o voto contra este Orçamento", afirmou o vice-presidente e porta-voz do partido Martim Borges de Freitas, no final da reunião que se prolongou por quase quatro horas.
Borges de Freitas sublinhou que este voto contra surge no seguimento da grelha apresentada pelo líder do partido a 16 de Outubro, em que Ribeiro e Castro explicou as condições em que o partido podia votar contra, a favor ou abster-se.
"O CDS disse que o Governo deveria atacar o lado da despesa pública e criar condições para baixar os impostos das empresas e famílias", frisou.
No entanto, para o vice-presidente do CDS "o que aconteceu foi exactamente o contrário". "Nem sequer houve condições para o CDS se abster, o Governo seguiu a via errada", lamentou.
O vice-presidente do CDS defendeu a metodologia seguida pela direcção, sublinhando que "permitiu que o debate na Assembleia da República o fosse na sua plenitude", já que o CDS foi o único partido a não anunciar desde o início a sua posição.
No comunicado saído da reunião da comissão política, o voto contra é justificado pelo "aumento real da despesa pública" e por "novos agravamentos de impostos em particular para os mais vulneráveis", como os reformados, deficientes e doentes internados.
"Este Orçamento marca o fim do prolongado estado de graça do Governo Sócrates", conclui a comissão política do CDS-PP.

Fonte: SIC, com LUSA

Voto público de protesto à liderança

A distrital democrata-cristã de Bragança aprovou, "por unanimidade", um voto de protesto público à liderança do partido e, em particular, ao secretário-geral Martim Borges de Freitas. A estrutura liderada por Domingos Doutel acusa a Direcção Nacional do CDS/PP de se ter intrometido em recentes eleições locais internas e denuncia factos que considera serem "insólitos, descabidos e absurdos"."A Secretaria-Geral impôs a data dos actos eleitorais, não divulgou as listas de candidatos e dos respectivos programas de acção como determina o Regulamento e fez-se representar nas 11 mesas de voto por dirigentes concelhios e distritais da Juventude Popular e por militantes de outros distritos", refere-se no voto de protesto que já foi enviado à Direcção Nacional do CDS/PP.A Distrital de Bragança considera que tal atitude "inédita nos anais do partido" representa falta de bom-senso e de consideração para com os militantes locais" do CDS/PP. "Só pode ter a leitura de que a Direcção Nacional não confia nos militantes do distrito de Bragança, vota-os ao desprezo, não se lembrando que, por exemplo, o distrito de Bragança representa 10% dos autarcas populares", lê-se ainda no documento a que o JN teve acesso."Assim, perante tais factos insólitos, descabidos e absurdos, a Comissão Política Distrital de Bragança apresenta veemente um voto de protesto à Direcção Nacional", conclui a estrutura presidida por Domingos Doutel.

Hermana Cruz, jornal de noticias. Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006

Sondagem Universidade Católica 2006

domingo, novembro 05, 2006

Juventude Popular na Golegã

Mesmo com chuva, não viramos as costas à luta.
No próximo fim-de-semana contamos convosco!!!!!

sexta-feira, novembro 03, 2006

Homenagem ao Campino


"A cavalo, de pampilho ao ombro, grossos sapatos ferrados, gorro vermelho na cabeça, o Ribatejano, pastoreando os rebanhos de toiros nas campinas húmidas e vicejantes, é como um beduíno do Nilo ( ... ) ".
É o Campino. Homem do campo.
Esta é uma figura típica do Ribatejo, a pé ou montado a cavalo podemos encontra-los onde haja na Lezíria ribatejana toiros.
Consoante a função que desempenham, denominam-se do seguinte modo:
- Abegão: dirige o trabalho da sementeira e colheita, e governa todos os outros criados;
- Mancebo: logo abaixo deste e que o substitui nas suas faltas ou ausências;
- Maioral, Contramaioral e Roupeiro: a quem estão incumbidos a guarda e o tratamento dos gados;- Guardadores: são encarregados da guarda das terras e searas.
Quanto ao traje, há que distinguir claramente dois tipos:
- A roupa que é usada nos dias de trabalho (no dia-a-dia de um campino) é, regra geral, constiuída por jaqueta, colete, cinta preta e calça comprida até aos sapatos e por último o seu bastão (pampilho) que utiliza na condução do gado.
- O traje que é utilizado nos dias de festa, que é o que, de forma geral, o que público mais rápidamente identifica como sendo do Campino. Este traje de festa é composto por calção, colete encarnado, barrete verde com orla da mesma cor e orla encarnada, camisa branca de colarinho baixo, meias brancas de canhão bordado e sapatos pretos com saltos de prateleira onde entram as esporas presas a correias afiveladas e o já referido pampilho.
De um mero e simples trabalhador rural, foi transformado num arquétipo social, uma referência simbólica onde a Nação se reconhecia através da sua bravura e nobreza até aos dias de hoje.
Em tempo de Feira do Cavalo quero aqui deixar a minha homenagem a estes bravos homens.

Grandes Mulheres

Porto, 31 de Março de 2006

Nós não somos pescado!
Embora a mulher portuguesa se deseje pequenina como a sardinha, não precisamos de uma quota para demonstrarmos o quanto valemos na Lota.
O projecto de lei aprovado ontem na Assembleia da República indigna-nos severamente, a nós, mulheres pertencentes à Comissão Política da Concelhia do Porto da Juventude Popular.
Não admitimos, nem sequer toleramos que um cargo político que por nós possa ser conquistado, derivado da imposição de presença em listas para eleições Legislativas, Autarquias e Europeias, seja rotulado como um lugar fácil e garantido, tal como PS e BE nos querem tão magnanimemente conceder. O que seria de nós, mulheres, sem eles?!
Francamente.
Nós julgamos e cremos que as capacidades intelectuais, de trabalho, dedicação e seriedade do ser humano são mais importantes e determinantes que dados biológicos adquiridos. Na política como em qualquer profissão, devem ser avaliadas as pessoas pela competência e não pelo sexo. Pensar o contrário, isso sim, constitui forma de desigualdade e discriminação.
Sempre fomos pela liberdade!
Sempre que nos quiseram racionar os votos; nós fomos contra…
Sempre que nos quiseram racionar as palavras nós fomos contra…
E agora querem-nos racionar o mérito?
Queremos ser completamente livres para podermos demonstrar desinibidamente e descomplexadamente o que valemos; e o que exigimos é que seja aplicado um regime de meritocracia nas instituições políticas!
Quotas? Não obrigado.

As mulheres da Comissão Política do Porto da Juventude Popular


PS: Bem sei que o comunicado não é recente, mas não podia deixar de o transformar em "Post". Desde já, o meu reconhecimento às Mulheres da CPC-Porto da JP, pela competência e dedicação. Muito obrigado, e continuem o óptimo trabalho.

Feira Nacional do Cavalo 2006


Começo a minha intervenção neste blogue com esta pequena informação sobre a Feira mais emblemática do Ribatejo. É a Feira Nacional do Cavalo a mais importante e mais castiça de todas as feiras que no seu género se realizam em Portugal e no mundo.
Pela primeira vez na sua historia, a Juventude Popular vai estar presente na Feira Nacional do Cavalo na Golegã, por iniciativa da recém eleita Comissão Política Concelhia da Juventude Popular de Santarém.
O stand está localizado mesmo no Largo do Arneiro e a feira decorrera nos dias 3,4,5 e 8,9,10,11 e 12 de Novembro.
E para complemento da festa justificando o adágio popular que, "Pelo S. Martinho prova o Vinho", não faltarão a água-pé e as sempre apetecidas castanhas assadas.
Apareçam!!!!!!

Preconceitos


Aqui, em Lisboa, fazíamos bem em escutar este homem sem o habitual preconceito. O homem diz muita coisa acertada. Não tem é o look certo para este tempo de político regido por mago brasileiro do marketing.É que esse preconceito em relação ao homem – no qual me incluo, mea culpa – esconde muita coisa. Esconde, por exemplo, o facto de Lisboa não gostar de ser afrontada por mais nenhuma região. Onde é que estão os gajos do Porto? Mexam-se. E Braga? E Coimbra? É só garganta. Toda a gente fala muito, mas depois metem o rabo entre as pernas e estendem a mão para a migalha de Lisboa. Este homem, pelo menos, goste-se ou não, fala e faz. E por isso entra em choque com o verniz de Lisboa. Nos EUA, na Alemanha, no UK (isto é, nos países mais ricos), existem dezenas de Albertos Joãos. Irritam as elites centrais. Pois. Irritam porque defendem as suas regiões e não as teorias. São feios, porcos e maus. Pois são. Mas defendem aqueles que os elegem. E é isso que faz falta a Portugal: políticos que defendam as pessoas e não os partidos, o regime, o centralismo de um regime que nos leva à falência. Não sei se repararam, mas passa-se isto: a Madeira quer sair, a emigração voltou (ou seja, pessoas da minha geração estão a repetir o trajecto dos meus avós, estão a sair para o estrangeiro porque Portugal "não dá"), uma legião cada vez maior olha para Espanha, os orçamentos são incontroláveis, etc, etc. E perante este cenário dantesco deixamo-nos ir na propaganda do governo e descarregamos a raiva no Alberto João. Que conveniente. Alberto João é o poste onde nós, os lisboetas, os senhores do regime, descarregamos a nossa impoluta bílis. É tão útil este bárbaro carnavalesco, não é? Pois, bárbaras são as elites de Lisboa que gerem este país há séculos com os resultados conhecidos. Aliás, podemos falar de famílias e de uma rede de conhecidos, que se tratam por tu e pelo primeiro nome há séculos, enquanto gozam com o povo, e enquanto sonham em ser franceses. Lamento, mas já não há pachorra para este circo, para este verniz lisboeta.
Depois, fico um pouco incomodado por viver numa cidade onde, sem qualquer análise, fica bem elogiar um qualquer cleptocrata terceiro-mundista, quando, no mesmo minuto, fica sempre bem dizer mal, mais uma vez sem qualquer análise e apenas com base no preconceito, de um líder democrático do meu país. Podemos ter preconceitos em relação a Alberto João, que vence eleições, mas não podemos ter preconceitos sobre um qualquer ditador não-branco. Parece-me que é, no mínimo, caricato. É como se descarregássemos o nosso racismo sobre um dos nossos, dado que é proibido ter racismo sobre um dos outros.

DitaDura Bar

Passo desde já a anunciar que o DitaDura Bar tem desde ontem à noite um site! Juntamente com o blog (barditadura.blogspot.com) utilizaremos o site para anunciar festas mas também para por algumas fotos, tiradas nas festas, online!
www.ditadurabar.com.sapo.pt

quinta-feira, novembro 02, 2006

O referendo - por Maria José Nogueira Pinto

A afirmação do cardeal-patriarca de que o "aborto não é um problema religioso" seguiram-se diversas reacções, quase todas de carácter partidário e ideológico, cada uma fazendo as interpretações que mais lhe convinha.No entanto, D. José Policarpo não disse nada de novo, limitando-se a repor a questão onde ela sempre esteve: no plano ético, dos direitos humanos fundamentais. É, por isso, uma questão de sociedade e de Estado. Se assim não fosse, para quê leis e referendos? Alguma vez se nos ocorreria submeter a referendo uma questão religiosa num Estado laico?O aspecto mais determinante, mais profundo e mais rico deste debate prende-se claramente com o confronto entre dois conceitos de vida humana, sua protecção e dignidade.E é por isso que a lei deverá seguir o veredicto popular expresso no referendo, tendo este mecanismo de consulta excepcional sido considerado, como indispensável, pelas forças políticas.A moral religiosa, por seu lado, tem a vantagem de ser muito clara, quer quanto ao valor da vida humana e ao imperativo da sua dignificação, quer quanto à referência desta ao acto criador de Deus estabelecido na sua própria "imagem e semelhança".A Igreja, instituição secular, ama, vive e convive com a condição humana e, salvaguardando sempre o núcleo duro dos valores essenciais da fé, tem recebido com extrema lucidez tudo o que foi marcando a evolução da Humanidade.São planos completamente distintos que naturalmente se juntam no intelecto e no coração de muitos portugueses. Sem contudo se confundirem.Como católica fico tranquila com esta clarificação, não porque a veja como um sinal de "libertar" o debate do aborto, mas como uma chamada de atenção para as responsabilidades de todos, enquanto cidadãos, decidindo num plano político, societário e de Estado, e não apenas por convicções religiosas.Ou seja, estas declarações, colocando a Igreja no seu lugar, relembram a natureza própria das responsabilidades dos partidos e, sobretudo, dos cidadãos individualmente considerados ou organizados em plataformas para o efeito.E ainda, julgo eu, a necessidade de construírem um argumentário assente não apenas em crenças religiosas ou reacções ideológicas pouco racionais, mas numa análise profunda e séria da sociedade, da evolução da ciência nesta matéria e do conflito de direitos que lhe está subjacente.É por isso que neste referendo temos de ser mais sérios, exigentes e esclarecidos, se queremos que a decisão dos portugueses se forme num quadro amplo de análise dos inúmeros aspectos, pluridisciplinares, que se entrecruzam.Todo o fundamentalismo é de rejeitar, por obnubilador do que realmente se discute, obscurecendo as premissas do debate e da escolha.A comunidade científica, médicos, biólogos, juristas, não podem estar ausentes da tarefa de informar a opinião pública no dever da partilha do conhecimento e do combate ao facilitismo da ignorância.É hoje impossível não colocar sobre a mesa a questão fundamental do estatuto jurídico do embrião, cuja necessidade foi reconhecida, por exemplo, pelas duas resoluções de 16 de Março de 1999 do Parlamento Europeu, a propósito das questões éticas e jurídicas da engenharia genética e da reprodução medicamente assistida.Ou a Convenção sobre os Direitos do Homem e a Biomedicina, também conhecida pela Convenção de Oviedo, elaborada pelo Conselho da Europa e ratificada por Portugal em 2001.De facto, algumas décadas atrás, o ser humano não nascido estava ausente da vida social. Hoje, ele é directamente observável, objecto de terapêutica médica, "sujeito" de cuidados de saúde. O que levou a que o corpo da mãe se tenha tornado mediador incontornável das vias de conhecimento, contacto e acção sobre o ser humano não nascido.Desapareceu a base empírica da oposição, fundamental entre o ser nascido - visível e imediatamente presente na vida social - e o ser não nascido, inacessível e oculto.O ser humano não nascido aparece agora, e aparecerá no futuro, em contextos sociais cada vez mais extensos, como uma entidade ética e jurídica por si mesma.Para concluir que esta discussão não pode ser feita como na década de 60, porque tudo mudou e o quadro é hoje claramente de conflito entre direitos. O proclamado direito da mulher ao seu corpo e o direito do embrião a desenvolver-se e a nascer.
Maria José Nogueira Pinto
Jurista
Presidente do Conselho Nacional do CDS-PP
Publicado no DN

O ponei foi avistado!


O nosso pequeno ponei foi visto ontem, dia 1 de Novembro, a cavalgar...
Coitadinho do ponei estava um pouco tristonho...
Porque seria?

Serviço Público do Pónei

Isto sim, é serviço público:

http://www.youtube.com/watch?v=ZgRn69nWT04 (favas com chouriço)
http://www.youtube.com/watch?v=6XLcnr0xyzQ (portuguesa bonita)
http://www.youtube.com/watch?v=4F7Q8YDdFmA&mode=related&search= (medley 2006)

Mas já isto, é património da Humanidade:

http://www.youtube.com/watch?v=AG2x2sn98HI
http://www.youtube.com/watch?v=SA4d1TE7Xp4

A frase do dia: "isto não há nada a fazer, enquanto não houver justiça popular não há resultados positivos, aqui neste........campo de futebol".

"Portugal vale a pena"

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade de recém-nascidos do mundo, melhor que a média da União Europeia. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores. Mas onde outra é líder mundial na produção de feltros para chapéus. Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende para mais de meia centena de mercados. E que tem também outra empresa que concebeu um sistema através do qual você pode escolher, pelo seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar. Eu conheço um país que inventou um sistema biométrico de pagamentos nas bombas de gasolina e uma bilha de gás muito leve que já ganhou vários prémios internacionais. E que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, onde se fazem operações que não é possível fazer na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Que fez mesmo uma revolução no sistema financeiro e tem as melhores agências bancárias da Europa (três bancos nos cinco primeiros). Eu conheço um país que está avançadíssimo na investigação da produção de energia através das ondas do mar. E que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os clientes de toda a Europa por via informática. Eu conheço um país que tem um conjunto de empresas que desenvolveram sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos a pequenas e médias empresas. Eu conheço um país que conta com várias empresas a trabalhar para a NASA ou para outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Ou que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas. Ou que vai lançar um medicamento anti-epiléptico no mercado mundial. Ou que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça. Ou que produz um vinho que "bateu" em duas provas vários dos melhores vinhos espanhóis. E que conta já com um núcleo de várias empresas a trabalhar para a Agência Espacial Europeia. Ou que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamentos de cartões pré-pagos para telemóveis. E que está a construir ou já construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pouco por todo o mundo. O leitor, possivelmente, não reconhece neste País aquele em que vive - Portugal. Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Primavera Software, Critical Software, Out Systems, WeDo, Brisa, Bial, Grupo Amorim, Quinta do Monte d'Oiro, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Space Services. E, obviamente, Portugal Telecom Inovação. Mas também dos grupos Pestana, Vila Galé, Porto Bay, BES Turismo e Amorim Turismo. E depois há ainda grandes empresas multinacionais instaladas no País, mas dirigidas por portugueses, trabalhando com técnicos portugueses, que há anos e anos obtêm grande sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal, McDonalds (que desenvolveu em Portugal um sistema em tempo real que permite saber quantas refeições e de que tipo são vendidas em cada estabelecimento da cadeia norte-americana). É este o País em que também vivemos. É este o País de sucesso que convive com o País estatisticamente sempre na cauda da Europa, sempre com péssimos índices na educação, e com problemas na saúde, no ambiente, etc. Mas nós só falamos do País que está mal. Daquele que não acompanhou o progresso. Do que se atrasou em relação à média europeia. Está na altura de olharmos para o que de muito bom temos feito. De nos orgulharmos disso. De mostrarmos ao mundo os nossos sucessos - e não invariavelmente o que não corre bem, acompanhado por uma fotografia de uma velhinha vestida de preto, puxando pela arreata um burro que, por sua vez, puxa uma carroça cheia de palha. E ao mostrarmos ao mundo os nossos sucessos, não só futebolísticos, colocamo-nos também na situação de levar muitos outros portugueses a tentarem replicar o que de bom se tem feito. Porque, na verdade, se os maus exemplos são imitados, porque não hão-de os bons serem também seguidos?

"Portugal vale a pena" in Revista Exportar Nicolau Santos, Director adjunto do Jornal Expresso

quarta-feira, novembro 01, 2006

Homenagem ao malandro

Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui à Lapa e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal

O que dá de malandro regular, profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer- não espalha
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e chacoalha
Num trem da Central

Chico Buarque/1977-1978
Para a peça Ópera do malandro, de Chico Buarque